Carro de Som Brasil Rio de Janeiro

Carro de Som Brasil atende Rio de Janeiro e toda região através da propaganda móvel em veículos de Carro de Som, Mini Trio Elétrico e Caminhão Trio Elétrico. Anuncie – Carro de Som Brasil atendemos todas as Cidades do Brasil.

Perguntas Frequentes: 

Porque anunciar em Carro de Som?

Melhor forma para alcançar seu público-alvo de maneira direta e impactante.

  • Alcance Imediato: Capacidade de alcançar rapidamente grandes grupos de pessoas, especialmente em áreas com baixa penetração de internet e mídias digitais.
  • Comunicação Direta: Mensagens são entregues diretamente à população, garantindo que a informação chegue aos destinatários.
  • Flexibilidade: Facilidade de ajustar e atualizar mensagens conforme necessário, em resposta a mudanças ou novas informações.

Como é o trabalho de um Carro de Som?

Os anúncios são exibidos por um Carro de Som em determinadas regiões da Cidade, podendo alcançar um grande número de pessoas.

Como é organizado o Percurso?

O percurso dos carros de som é determinado com base em uma série de fatores estratégicos para garantir que a mensagem atinja o público-alvo de maneira eficaz. Aqui estão os principais aspectos considerados na definição do percurso:

Segmentação Geográfica

Horários Estratégicos

Perfil Demográfico

Eventos e Atividades Locais

Rotas de Tráfego e Acessibilidade

Legislação e Regulamentação

Feedback e Análise de Dados

Coordenação com Outras Atividades de Marketing

Flexibilidade e Ajustes em Tempo Real

 

Qual valor para anunciar em um Carro de Som?

O valor para anunciar em um Carro de Som é muito acessível sendo a melhor a forma de anunciar os seus produtos e serviços e ter um retorno desejado.

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  • O custo de uma campanha de publicidade de carro de som pode variar significativamente dependendo de diversos fatores. Aqui estão alguns dos principais elementos que influenciam o custo:Duração da Campanha:
    • Frequência e Intensidade
    • Área de Cobertura
    • Qualidade dos Equipamentos de Som
    • Personalização e Produção de Conteúdo
    • Permissões e Licenças
    • Concorrência e Mercado Local
    • Valores: Para obter um orçamento preciso, é aconselhável entrar em contato diretamente conosco através do atendimento WhatsApp ou e-mail: contato@carrodesombrasil.com.br

Como é feita a gravação do spot do Carro de Som ?

Somos especializados na criação e produção de spots publicitários de alta qualidade. Com anos de experiência no mercado, oferecemos soluções criativas e eficazes  para atender as necessidades de nossos clientes.

Órgão Públicos, podem fazer uso de Carro de Som?

Órgãos públicos, como prefeituras, podem utilizar carros de som de diversas maneiras para comunicar-se de forma eficaz com a população. Aqui estão algumas das formas mais comuns e eficazes:

  • Alertas e Emergências
  • Eventos e Atividades Comunitárias
  • Educação e Conscientização
  • Programas e Políticas Públicas
  • Mobilização Social

É possível personalizar a Campanha para meu Negócio?

Sim, é totalmente possível personalizar uma campanha de carro de som para atender às necessidades específicas do seu negócio. A personalização pode aumentar significativamente a eficácia da campanha, tornando a mensagem mais relevante e impactante para o seu público-alvo.

Aqui estão algumas maneiras de personalizar sua campanha de carro de som:

  • Escolha das Áreas
  • Horários Estratégicos
  • Personalização do Texto
  • Ofertas Específicas
  • Chamada à Ação
  • Tom e Voz
  • Música e Efeitos Sonoros
  • Respostas ao Vivo
  • Distribuição de Materiais Promocionais
  • Adaptar Mensagens
  • Ajuste de Volume e Frequência
  • Datas Especiais
  • Eventos e Inaugurações
  • Feedback e Monitoramento

Quais os tipos de mensagens são mais eficazes?

Para maximizar a eficácia da publicidade em carros de som, é crucial selecionar tipos de mensagens que capturam rapidamente a atenção do público e transmitem a informação de forma clara e concisa. Aqui estão alguns tipos de mensagens que geralmente são mais eficazes:

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  • Exemplo: “Aproveite nossas ofertas imperdíveis! Descontos de até 50% na Loja X, só hoje!”

Divulgação de Eventos: Informar sobre eventos locais, como feiras, shows, inaugurações, festivais ou eventos comunitários, pode atrair grande interesse e participação.

 

Carro de Som Brasil 

Telefone (11) 95640-2121

www.carrodesombrasil.com.br

Especializada em serviços de propaganda móvel através de Carro de Som, Mini Trio Elétrico e Caminhão Trio Elétrico.

Rio de Janeiro, simplesmente referido como Rio, é um município brasileirocapital do estado homônimo, situado no Sudeste do país. Um dos maiores destinos turísticos internacionais no Brasil,[7] na América Latina e também do Hemisfério Sul. A capital fluminense é a cidade brasileira mais conhecida no exterior,[8] funcionando como um “espelho”, ou “retrato” nacional, seja positiva ou negativamente. É a segunda maior metrópole do Brasil (depois de São Paulo), a sétima maior da América e a décima oitava do mundo. Sua população segundo o censo de 2022 do IBGE era 6 211 223 habitantes.[1] Tem o epíteto de Cidade Maravilhosa,[9] e os que nela nascem são chamados cariocas.

Classificada como uma metrópole, exerce influência nacional, seja do ponto de vista culturaleconômico ou político brasileiros,[10] e é um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do país, sendo internacionalmente conhecida por diversos ícones culturais e paisagísticos, como o Pão de Açúcar, o morro do Corcovado com a estátua do Cristo Redentor, as praias dos bairros de CopacabanaIpanema e Barra da Tijuca, entre outras; os estádios do Maracanã e Nilton Santos; o bairro boêmio da Lapa e seus arcos; o Theatro Municipal do Rio de Janeiro; as florestas da Tijuca e da Pedra Branca; a Quinta da Boa Vista; a Biblioteca Nacional; a ilha de Paquetá; o réveillon de Copacabana; o carnaval carioca; a Bossa Nova e o samba. Parte da cidade foi designada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1 de julho de 2012.[11][12]

Representa o segundo maior PIB do país[13] (e o 30.º maior do mundo[14]), estimado em cerca de 354,981 bilhões * de reais (IBGE/2023),[15] e é sede das duas maiores empresas brasileiras — a Petrobras e a Vale, e das principais companhias de petróleo e telefonia do Brasil, além do maior conglomerado de empresas de mídia e comunicações da América Latina, o Grupo Globo.[16] Contemplado por grande número de universidades e institutos, é o segundo maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 19% da produção científica nacional, segundo dados de 2005.[17] Rio de Janeiro é considerada uma cidade global beta — pelo inventário de 2008 da Universidade de Loughborough (GaWC).

A cidade foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa do Estado do Brasil (1763–1815), depois do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815–1822), do Império do Brasil (1822–1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889–1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida definitivamente para a recém-construída Brasília. Naquele ano, o Rio foi transformado em uma cidade-estado com o nome de Guanabara e, somente em 1975, torna-se a capital do estado do Rio de Janeiro.

Etimologia

Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade se organizou, foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1 de janeiro de 1502.[18] Embora se afirme que o nome “Rio de Janeiro” tenha sido escolhido em virtude de os portugueses acreditarem tratar-se a baía da foz de um rio, na verdade, à época, não havia qualquer distinção de nomenclatura entre rios, sacos e baías — motivo pelo qual foi o corpo d’água corretamente designado como rio.[19]

História

Colonização portuguesa e invasões estrangeiras

O litoral do atual estado do Rio de Janeiro era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê há milhares de anos. Por volta do ano 1000, a região foi conquistada por povos de língua tupi procedentes da Amazônia. Um destes povos, os tamoios, também conhecidos como tupinambás, ocupava a região ao redor da Baía de Guanabara no século XVI, quando os portugueses chegaram à região.[20]

Mapa da Baía de Guanabara em 1555
Fundação da Cidade do Rio de Janeiro, por Antonio Firmino Monteiro (1855-1888)

A Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade foi fundada, foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1 de janeiro de 1502.[18] No entanto, em 1 de novembro de 1555, os franceses, capitaneados por Nicolas Durand de Villegagnon, apossaram-se da Baía da Guanabara, estabelecendo uma colônia na ilha de Sergipe (atual ilha de Villegagnon). Lá, ergueram o Forte Coligny, enquanto consolidavam alianças com os índios tupinambás locais. Enquanto isso, os portugueses se aliaram a um grupo indígena rival dos tupinambás, os temiminós e foi com o auxílio destes que atacaram e destruíram a colônia francesa em 1560. Os franceses só foram completamente expulsos da região pelos portugueses em 1567.[19]

Persistindo a presença francesa na região, os portugueses, sob o comando de Estácio de Sá, acompanhado por um grupo de fundadores incluindo também D. Antônio de Mariz, desembarcaram num istmo entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, fundando, a 1 de março de 1565, a cidade de “São Sebastião do Rio de Janeiro”. Uma vez conquistado o território, em uma pequena praia protegida pelo Morro do Pão de Açúcar, edificaram uma fortificação de faxina e terra, o embrião da Fortaleza de São João.[19]

A expulsão e derrota definitiva dos franceses e seus aliados indígenas, no entanto, só se deu em janeiro de 1567. A vitória de Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do antigo Morro do Castelo, que se localizava no atual centro da cidade. O morro foi removido em 1922 como parte de uma reforma urbanística. O novo povoado marcou o começo de fato da expansão da cidade.[19]

Durante quase todo o século XVII, a cidade acenou com um desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30 000 habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o domínio colonial.[19]

Essa importância tornou-se ainda maior com a exploração de jazidas de ouro em Minas Gerais, no século XVIII: a proximidade levou à consolidação da cidade como proeminente centro portuário e econômico. Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.[19]

Vinda da corte portuguesa e período imperial

Desembarque da princesa Leopoldina em 1817 no Morro de São Bento, por Debret. A família real portuguesa se estabeleceu no Brasil para fugir da invasão das tropas de Napoleão.
Rio de Janeiro em 1865, então capital do Império do Brasil

vinda da corte portuguesa, em 1808, marcaria profundamente a cidade, então convertida no centro de decisão do Império Português, debilitado com as guerras napoleônicas. Após a Abertura dos Portos, tornou-se um proeminente centro comercial. Nos primeiros decênios, foram criados diversos estabelecimentos de ensino, como a Academia Militar, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes, além da Biblioteca Nacional — com o maior acervo da América Latina[21] — e o Jardim Botânico. O primeiro jornal impresso do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, entrou em circulação nesse período.[22] Foi a única cidade no mundo a sediar um império europeu fora da Europa.[19]

Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo transferiu-se para Brasília. Entre 1808 e 1815, foi capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, como era oficialmente designado Portugal na época. Entre 1815 e abril de 1821, sediou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após elevação do Brasil à parte integrante do reino unido supracitado.[19]

Após a Independência do Brasil (1822), a cidade tornou-se a capital do Império do Brasil, enquanto a província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba.[19] Em 1823, o Rio de Janeiro recebeu o título de Muito Leal e Heroica por carta imperial de D. Pedro I, por seus habitantes terem apoiado o então príncipe regente em sua decisão de permanecer no Brasil, no que viria ser conhecido como Dia do Fico.[23] De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.[19]

Como centro político do país, o “Rio” concentrava a vida político-partidária do Império. Foi palco principal dos movimentos abolicionista e republicano na metade final do século XIX. Durante a República Velha (1889–1930), com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado do Rio de Janeiro perdeu força política para São Paulo e Minas Gerais.[19]

Período republicano

Avenida Rio Branco nos anos 1910

Com a Proclamação da República, nas últimas décadas do século XIX e início do XX, o Rio de Janeiro enfrentava graves problemas sociais advindos do crescimento rápido e desordenado. Com o declínio do trabalho escravo, a cidade passara a receber grandes contingentes de imigrantes europeus e de ex-escravos, atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho assalariado.[19] Entre 1872 e 1890, sua população duplicou, passando de 274 mil para 522 mil habitantes.[19]

O aumento da pobreza agravou a crise habitacional, traço constante na vida urbana do Rio desde meados do século XIX. O epicentro dessa crise era ainda, e cada vez mais, o miolo central — a Cidade Velha e suas adjacências —, onde se multiplicavam os Cortiços e eclodiam as violentas epidemias de febre amarelavaríolacólera-morbo, que conferiam à cidade fama internacional de porto sujo.[19]

Muitas campanhas de erradicação, perpetradas pelos governos da época, não foram bem recebidas pela população carioca. Houve muitas revoltas populares, entre elas, a Revolta da Vacina, de 1904, que também teve como causa a tomada de medidas impopulares, como as reformas urbanas do centro, executadas pelo engenheiro Pereira Passos. Vários cortiços foram demolidos e a população pobre da região central deslocada para as encostas de morros, na zona portuária e no Caju, sobretudo os morros da Saúde e da Providência.[19]

Bondinho do Pão de Açúcar entre as décadas de 1940 e de 1950
Tanques M41 do Exército ocupam a Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, em 4 abril de 1968, durante a ditadura militar.

Tais povoamentos cresceram de maneira desordenada, dando início ao processo de favelização (ainda não muito preocupante na época) — o que não impediu a adoção de várias outras reformas urbanas e sanitárias que modificaram a imagem da então capital da República. Data desse período a abertura do Theatro Municipal e da Avenida Rio Branco, com os edifícios inspirados em elementos da Belle Époque parisiense, e a inauguração, em 1908, do Bondinho do Pão de Açúcar, um dos marcos da engenharia brasileira, em comemoração aos 100 anos da Abertura dos Portos.[24]

A ocupação da atual zona sul efetivou-se com a abertura do Túnel Velho, que fazia a conexão entre Botafogo e Copacabana. O surgimento do Copacabana Palace, em 1923, consagrou definitivamente o processo de ocupação e o turismo na região, que experimentou uma explosão demográfica. O Cristo Redentor seria inaugurado em 1931, tornando-se um dos cartões-postais do Rio e do Brasil.[25] Após a transferência da Capital Federal para Brasília em 1960, o Rio foi transformado numa cidade-estado com o nome de Guanabara. Em 15 de março de 1975 ocorreu a fusão com o antigo estado do Rio de Janeiro e, em 23 de julho, foi promulgada a sua constituição.[19]

Em 1992, sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), mais conhecida como Rio-92, ou ECO-92 — a primeira conferência internacional de peso realizada após o fim da Guerra Fria, com a presença de delegações de 175 países.[26][27]

Em 2007, foi sede dos Jogos Pan-Americanos, ocasião à qual realizou investimentos em estruturas esportivas (incluindo a construção do Estádio Nilton Santos) e nas áreas de transportes, segurança pública e infraestrutura urbana;[28] e de sete jogos da Copa do Mundo de 2014.[29] Ainda no âmbito esportivo, a cidade também sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[30][31]

Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Estádio do Maracanã

Entre a noite de sábado, 20 de novembro, até o dia 27 de novembro de 2010, sucederam-se na Região Metropolitana do Rio de Janeiro vários atos de violência organizada. Durante os ataques e depois, durante as operações, registrou-se que pelo menos 181 veículos teriam sido incendiados pelos criminosos. Nesse período, ocorreram ainda 39 mortes, cerca de duzentas detenções para averiguação e quase setenta prisões.[32][33]

No dia 25 de novembro, deu-se a maior ofensiva da Polícia Militar do Rio de Janeiro, com seu Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) atuando ao lado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, encabeçada pela Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e em parceria com o Corpo de Fuzileiros Navais, que disponibilizou seis blindados e um grupamento de fuzileiros navais da mesma unidade para apoio logístico da operação, que resultou na ocupação do território da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, regiões da cidade que até então estava em poder dos narcotraficantes do Comando Vermelho.[34]

Em 1 de julho de 2012, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) designou parte da cidade como Patrimônio da Humanidade[11][12] e, em 18 de janeiro de 2019, a mesma instituição elegeu o Rio de Janeiro como a primeira Capital Mundial da Arquitetura.[35]

Geografia

Fotografia parcial da Região Metropolitana do Rio de Janeiro à noite a partir da Estação Espacial Internacional

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[36] o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata do Rio de Janeiro. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da Microrregião do Rio de Janeiro, que por sua vez estava incluída na Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.[37] Com cerca de 1 200 km² de área,[1] o município se estende desde a margem ocidental da baía de Guanabara até parte da Restinga da Marambaia e ocupa ilhas como Governador e Paquetá.[38]

A cidade se desenvolveu sobre estreitas planícies aluviais comprimidas entre montanhas e morros[38] e está assentada sobre três grandes maciços:[38] Pedra Branca,[39] Gericinó e o da Tijuca,[40] com picos de interesse turístico como o Bico do Papagaio, Andaraí, Pedra da Gávea,[41] Corcovado, o Dois Irmãos e o Pão de Açúcar.[42] O Rio de Janeiro conta ainda com parques e reservas ecológicas, como o Parque Nacional da Tijuca, considerado “Patrimônio Ambiental e Reserva da Biosfera” pela UNESCO; o Complexo da Quinta da Boa Vista; o Jardim Botânico;[43] o Jardim Zoológico do Rio;[44] o Parque Estadual da Pedra Branca[39] e o Passeio Público.[45]

Litoral

Limite entre Ipanema e Copacabana, com destaque para o Forte de Copacabana
Tempestade noturna com raios no Rio de Janeiro, vista do Pão de Açúcar

Seu litoral tem 197 km de extensão e inclui mais de cem ilhas que ocupam 37 km², e desdobra-se em três partes, voltadas à baía de Sepetiba, ao oceano Atlântico e à baía de Guanabara. O litoral da baía de Sepetiba tem como único acidente geográfico de expressão a Restinga da Marambaia e é arenoso, baixo e pouco recortado. O litoral da baía de Guanabara é recortado, baixo, abarca muitas ilhas (como a do Governador com 29 km²) e, em suas margens, situam-se o centro comercial e os subúrbios industriais.[38]

O litoral Atlântico expressa alternâncias consideráveis, apresentando-se ora alto, quando em contato com as ramificações costeiras dos maciços da Pedra Branca e da Tijuca, ora baixo, trecho pelo qual se estendem as praias integradas à paisagem urbana. Diversas lagoas, como as da TijucaMarapendiJacarepaguá e Rodrigo de Freitas formaram-se nas baixadas, muitas de terreno pantanoso a ainda não completamente drenado.[38]

Clima

A cidade do Rio de Janeiro possui um clima tropical de savana (Aw), na fronteira com um clima tropical monçônico (Am), de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, geralmente caracterizado por longos períodos de fortes chuvas entre dezembro e março.[46] A cidade experimenta verões quentes e úmidos e invernos quentes e ensolarados. Nas áreas interiores da cidade, temperaturas acima de 40 °C são comuns durante o verão, embora raramente por longos períodos, enquanto temperaturas máximas acima de 23 °C podem ocorrer mensalmente.[47]

Ao longo da costa, os ventos marítimos moderam a temperatura. Devido à sua localização geográfica, a cidade pode receber frentes frias que avançam da Antártica, especialmente durante o outono e o inverno, podendo ter quedas de temperatura.[48] No verão, pode haver chuvas fortes e tempestades que, em algumas ocasiões, provocam alagamentos e deslizamentos de terra catastróficos.[49][50] As áreas mais montanhosas da cidade costumam registrar as maiores quantidades de precipitação, devido à maior incidência de chuvas orográficas.[51] Algumas áreas da cidade ocasionalmente são suscetíveis à queda de granizo.[52]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1931 a temperatura mínima absoluta registrada no Rio de Janeiro foi de 6,4 °C em 18 de agosto de 1933,[53] na estação meteorológica do bairro Bangu (desativada em março de 2004). A mesma estação, no bairro mais quente da cidade,[54] registrou máxima de 43,1 °C em 14 de janeiro de 1984, que foi o recorde de maior temperatura na cidade até 26 de dezembro de 2012, quando foram registrados 43,2 °C na estação do bairro Santa Cruz.[55] O recorde de chuva em 24 horas é de 349,4 mm em 26 de fevereiro de 1971, registrados na antiga estação do bairro Engenho de Dentro.[56]

Problemas ambientais

Condomínios do Jardim Oceânico na Barra da Tijuca, região nobre da cidade, com uma visão da lagoa de Marapendi
Fotografia aérea da Lagoa Rodrigo de Freitas e arredores a partir do Corcovado

Em razão da alta concentração de indústrias na região metropolitana, a cidade tem enfrentado sérios problemas de poluição ambiental. A baía de Guanabara perdeu áreas de manguezal e sofre com resíduos provenientes de esgotos domiciliares e industriais, óleos e metais pesados. Não obstante suas águas se renovem ao confluírem para o mar, a baía é receptora final de todos os afluentes gerados nas suas margens e nas bacias dos muitos rios e riachos que nela deságuam. Os níveis de material particulado no ar se encontram duas vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, em parte devido à numerosa frota de veículos em circulação. Em uma pesquisa divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo em 2007, o Rio de Janeiro foi apontado como a quinta capital mais poluída do Brasil, atrás apenas de São PauloPorto AlegreBelo Horizonte e Curitiba.[58][59]

As águas da baía de Sepetiba seguem lentamente o caminho traçado pela baía de Guanabara, com esgotos domiciliares produzidos por uma população da ordem de 1,29 milhão de habitantes sendo lançados sem tratamento em valões, córregos ou rios. Com relação à poluição industrial, rejeitos de grande toxicidade, dotados de altas concentrações de metais pesados — principalmente zinco e cádmio —, já foram despejados ao longo dos anos por fábricas dos distritos industriais de Santa CruzItaguaí e Nova Iguaçu, implantados sob orientação de políticas estaduais.[60]

Algumas praias da orla carioca, na maior parte do ano, encontram-se impróprias para o banho sendo comum após fortes chuvas a formação de “línguas negras” nas areias das praias.[61] Segundo boletim da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, parte de IpanemaArpoador e Praia Vermelha, além de BicaGuanabara e Central (Urca), são consideradas impróprias para o banho, haja vista que suas areias têm alta concentração de coliformes e da bactéria Escherichia coli, que indica a presença de lixo e fezes.[62]

As lagoas Marapendi e a Rodrigo de Freitas têm sofrido com a leniência das autoridades e o avanço dos condomínios no local. O despejo de esgoto por ligações clandestinas e a consequente proliferação de algas diminuem a oxigenação das águas, ocasionando a mortandade de peixes.[63][64] Há, por outro lado, sinais de despoluição na lagoa Rodrigo de Freitas feita através de uma parceria público-privada estabelecida em 2008 visa garantir que as águas da lagoa estejam próprias para o banho. As ações de despoluição envolvem a planificação do leito, com transferência de lodo para grandes crateras presentes na própria lagoa, e a criação de uma nova ligação direta e subterrânea com o mar, que contribuirá no sentido de aumentar a troca diária de água entre os dois ambientes.[65][66]

Panorama da cidade com destaque para as montanhas do Corcovado (esquerda), Pão de Açúcar (centro, ao fundo) e Dois Irmãos (direita)
Fotografia tirada a partir da Vista Chinesa, no Parque Nacional da Tijuca

Demografia

{{Artigo principal|Demografia do Rio de Janeiro (cidade){{!}Demografia da cidade do Rio de Janeiro}}

Crescimento populacional
Censo Pop.
1872 274 972
1890 522 651 90,1%
1900 811 443 55,3%
1920 1 157 873 42,7%
1940 1 764 141 52,4%
1950 2 377 451 34,8%
1960 3 307 163 39,1%
1970 4 315 746 30,5%
1980 5 183 992 20,1%
1991 5 473 909 5,6%
2000 5 851 914 6,9%
2010 6 320 446 8,0%
2022 6 211 223 −1,7%
Censos demográficos do IBGE (1872-2010).[67]

Em 2010, a população do Rio de Janeiro segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 6 320 446 habitantes (39,5% da população estadual),[68] sendo que 2 959 817 habitantes eram homens (46,83%) e 3 362 083 mulheres (53,17%). Ainda segundo o mesmo censo, 100% da população era urbana.[69] A densidade populacional era 5 265,81 hab/km².[70] Desde 1960, quando foi ultrapassada por São Paulo, a cidade do Rio de Janeiro mantém-se no posto de segundo município mais populoso do país.[71] Sua região metropolitana, com 11 835 708 habitantes,[69] é a segunda maior conurbação do Brasil, a terceira da América do Sul e a 23ª do mundo.[72]

As taxas de incremento médio anual da população foram de 0,8% (2000–2006) e 0,75% (1991–2000) na cidade,[73] e 1,43% (2000–2006) e 1,18% (1991–2000) na região metropolitana — o que indica, de modo geral, uma aceleração na taxa de crescimento dos demais municípios do Grande Rio, e um pequeno aumento na taxa da capital.[74]

Composição étnica

Cais do Valongo, um Patrimônio Mundial pela UNESCO e o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas[75]

No censo de 2010, a população do Rio de Janeiro era formada por 3 239 888 brancos (51,26%), 2 318 675 pardos (36,69%), 708 148 pretos (11,2%), 45 913 amarelos e 5 981 indígenas (0,09%), além de 1 842 sem declaração (0,03%).[76] De acordo com estudos genéticos autossômicos recentes, a herança europeia é a dominante tanto entre “brancos” quanto entre “pardos”, respondendo, então, pela maior parte da ancestralidade dos habitantes do Rio de Janeiro. A contribuição africana encontra-se presente, em alto grau, sendo maior entre os “negros”. Também a ancestralidade ameríndia encontra-se presente, embora em grau menor.[77][78][79][80]

Também existem muitos afro-brasileiros desde o período colonial — a maioria descendente de escravos trazidos de BenimAngola e Moçambique.[81] Com importantes contribuições de seu sincretismo religioso e musical, elementos remanescentes da cultura africana encontram-se hoje emaranhados à cultura brasileira e da cidade. No início do século XIX, o Rio de Janeiro tinha a maior população urbana de escravos nas Américas, superando inclusive Salvador e Nova Orleães. Os africanos provinham de diferentes regiões do continente africano, mas no Rio predominaram os oriundos de Cabinda, do Congo Norte, Benguela, Moçambique, Luanda e de Angola. Os afrodescendentes nascidos no Brasil se diferenciavam dos africanos e poderiam ser divididos em três grupos. O primeiro era de crioulos, negros filhos de pais africanos nascidos no Brasil. Os pardos, já miscigenados, sobretudo com portugueses. Por fim, os cabras, resultado de outras miscigenações, inclusive com índios. Em 1849, 43,51% da população carioca era denominada preta e 80 mil escravos habitavam a cidade.[82]

Quadro de 1824 do pintor inglês Edward Francis Finden retratando um mercado de escravos no Rio de Janeiro
Real Gabinete Português de Leitura é a maior biblioteca de autores portugueses fora de Portugal[83]

Em 1859, o médico e explorador alemão Robert Christian Avé-Lallemant, após visitar o Rio de Janeiro, fez o seguinte relato: “Se não soubesse que ela fica no Brasil poder-se-ia tomá-la sem muita imaginação como uma capital africana, residência de poderoso príncipe negro, no qual passa inteiramente despercebida uma população de forasteiros brancos puros. Tudo parece negro”.[82]

Fluxos migratórios

Dentre os fluxos migratórios mais significativos, destacam-se os de portugueses e demais povos europeus, nordestinos e afro-brasileiros. Tal fluxo migratório deflagrou-se no século XVI e atingiu seu auge no início do século XX, constituindo uma das maiores massas de imigrantes já recebidas pelo país. Entretanto, foi particularmente em 1808, com o estabelecimento da Família Real Portuguesa no Rio de Janeiro, e a relativa proximidade das jazidas mineiras (descobertas no século XVIII), que a cidade beneficiou-se da onda lusitana. Somente naquele ano, aportaram em território brasileiro 15 mil nobres e pessoas da alta sociedade portuguesa — a grande maioria, na então capital da Colônia.[84]

Após a Independência, os fluxos migratórios apresentaram uma redução paulatina, em razão da lusofobia inerente à época. Porém, com o passar dos anos a carência de mão de obra ocasionada pelo fim do tráfico negreiro e os frequentes revezes socioeconômicos enfrentados por Portugal fariam a imigração portuguesa tornar a crescer no Rio e no Brasil. A partir de 1850, a imigração portuguesa tomou caráter quase que exclusivamente urbano e, ao contrário de alemães e italianos que vinham para trabalhar na agricultura, os portugueses rumavam a dois destinos preferenciais: as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Entre 1881 e 1991, mais de 1,5 milhão de pessoas migraram de Portugal para o Brasil. Em 1906, 133 393 portugueses viviam no Rio de Janeiro — 16% da população da época.[81]

Em 1920, os portugueses compunham 15% da população da cidade e 71% dos estrangeiros. Em 1950, os lusitanos se reduziram a 10% da população, apesar da presença de 196 mil residentes portugueses, sendo então a terceira cidade do mundo com mais portugueses, atrás somente de Lisboa e do Porto.[85] Apesar de as taxas migratórias terem-se reduzido drasticamente a partir da década de 1930 (e, com maior ênfase, após 1960), ainda hoje, a cidade é considerada como tendo a segunda maior população portuguesa do mundo, depois de Lisboa. No censo de 2000, com mais de 5,8 milhões de habitantes, em torno de 1% da população do Rio ainda era nascida em Portugal.[86] Alemães, italianos, russos, suíços, libaneses, espanhóis, franceses, argentinos, chineses e seus respectivos descendentes compõem uma parcela considerável dos povos estrangeiros radicados na cidade.[81][87] Entre 1920 e 1935, aportaram na cidade dezenas de milhares de imigrantes judeus do Leste Europeu, sobretudo da Ucrânia e da Polônia.[88]

É possível notar também um respeitável contingente de pessoas de outros estados, sobretudo nordestinos. Paraibanos e pernambucanos fazem-se bastante presentes. No auge da industrialização, entre as décadas de 1960 e 1980, passaram a migrar para a região Sudeste em busca de melhores condições de vida e trabalho. Com a melhoria estrutural de outras regiões do país, e os problemas resultantes da superpopulação nas grandes cidades, a migração nordestina diminuiu consideravelmente. Embora Rio de Janeiro e São Paulo continuem sendo importantes polos de atração, a migração “polinucleada” ganhou contornos mais acentuados.[89]

Rio a partir do Pão de Açúcar. Os bairros de Copacabana (esquerda), Botafogo (centro, ao fundo), Urca (centro, abaixo) e Flamengo podem ser vistos na imagem.

Religião

Fotografia aérea do Cristo Redentor

São diversas as doutrinas religiosas manifestas na cidade. Tendo-se expandido sobre uma matriz social de predominância católica — em virtude do processo colonizador e imigratório e da ausência de um estado laico que, à época, preconizava o catolicismo — a maioria dos cariocas ainda hoje se declara como tal. No entanto, é substancial a presença de dezenas de denominações protestantes (cerca de 18% da população residente), além do Espiritismo, que apresenta uma penetração considerável, com mais de 200 mil adeptos. As religiões afro-brasileiras (Umbanda e Candomblé) encontram respaldo em vários segmentos sociais, embora professadas por menos de 2% da população.[90]

Segundo o último Censo demográfico do IBGE, o percentual dos que não possuem filiação religiosa alguma é expressivo — superior à média nacional, de 7,3% —, sobrestando, inclusive, ao das comunidades espírita e umbandista.[90] Testemunhas de Jeovámórmonsjudeusmuçulmanos e budistas são grupos minoritários, mas em ascensão.

Cristianismo

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Sé Metropolitana da respectiva Província Eclesiástica, pertence ao Conselho Episcopal Regional Leste I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) (instalada no Rio até 1977). Fundada em 1676, abrange um território de 1 721 km².[91]

Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, ou Catedral Metropolitana, foi inaugurada em 1979, na região central da cidade. Suas instalações guarnecem um acervo de grande valor histórico e religioso: o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra e o Arquivo Arquidiocesano. Lá também estão sediados o Banco da Providência e a Cáritas Arquidiocesana. Em estilo contemporâneo, apresenta formato cônico, com 96 m de diâmetro interno e capacidade para receber até 20 mil fiéis. O esplendor da edificação, de linhas retas e sóbrias, deve-se aos cambiantes vitrais talhados nas paredes até à cúpula. Seu projeto e execução foram coordenados pelo Monsenhor Ivo Antônio Calliari (1918–2005).[92] São Sebastião é reconhecido como o padroeiro da cidade, razão pela qual está recebeu o nome canônico de “São Sebastião do Rio de Janeiro”.[93]

Na cidade coexistem vários credos protestantes ou reformados, exemplificados pelas Igrejas PresbiterianaCongregacionalLuterana e Anglicana. Além de Igrejas de cunho evangélico como a Igreja BatistaMetodistaAdventista do Sétimo Dia e pelas de origem pentecostalUniversal do Reino de DeusAssembleia de DeusCongregação Cristã no BrasilEvangelho QuadrangularCasa da BênçãoDeus é AmorCristã Maranata e Nova Vida.[90]

Problemas socioeconômicos

Favela do Morro da Providência, uma das mais antigas da cidade

O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes econômicos e sociais, apresentando grandes disparidades entre ricos e pobres. Enquanto muitos bairros ostentam um Índice de Desenvolvimento Humano correspondente ao de países nórdicos (Gávea: 0,970; Leblon: 0,967; Jardim Guanabara: 0,963; Ipanema: 0,962; Barra da Tijuca: 0,959, dados de 2000), em outros, observam-se níveis bem inferiores à média municipal, como é o caso do Complexo do Alemão (0,711) ou da Rocinha (0,732).[94]

Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do Rio de Janeiro era considerado “alto” pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), cujo valor, de 0,799, era o segundo maior a nível estadual (depois de Niterói) e o 45.º a nível federal. Considerando apenas a longevidade o índice é de 0,845, o índice de renda é de 0,840 e o de educação de 0,719.[5]

Embora classificada como uma das principais metrópoles do mundo, segundo o censo de 2010 feito pelo IBGE, 1,39 milhão dos 6,29 milhões de habitantes da cidade — o que corresponde a aproximadamente 22% de sua população — vivem em aglomerados subnormais.[1] Essas favelas se instalam principalmente sobre os morros, devido ao relevo mamelonar do Rio de Janeiro, ou em mangues aterrados como no Complexo do Manguinhos, onde as condições de moradia, saúde, educação e segurança são extremamente precárias.[95]

Um aspecto original das favelas do Rio é a proximidade aos distritos mais valorizados da cidade, simbolizando a forte desigualdade social, característica do Brasil. Alguns bairros de luxo, como São Conrado, onde se localiza a favela da Rocinha, encontram-se “espremidos” entre a praia e os morros. Nas favelas, ensino público e sistema de saúde deficitários ou inexistentes, aliados à saturação do sistema prisional, contribuem com a intensificação da injustiça social e da pobreza.[95]

Vista panorâmica do conjunto de favelas chamado Complexo do Alemão, com cerca de 70 mil habitantes (2010).[96] A imagem mostra as linhas do sistema de teleférico entre as estações (da esquerda para a direita) Palmeiras, Itararé, Alemão, Baiana e Adeus, de onde a foto foi registrada. De acordo com dados do Censo de 2010, aproximadamente 22% da população da cidade vive em favelas.[1] Ao fundo, à direita, é possível observar a Igreja de Nossa Senhora da Penha.

Segurança, violência e criminalidade

UPP da Favela Santa Marta

Desde meados dos anos 1990, em decorrência da violência urbana, o Rio vem conquistando espaço na imprensa nacional e (nos últimos anos) internacional. A cidade apresenta índices de criminalidade relativamente elevados, em especial, o homicídio.[97] Até o ano de 2007, na região metropolitana contabilizavam-se quase 80 mortos por semana — a maioria vítimas de assaltos, balas perdidas e do narcotráfico.[98] Entre 1978 e 2000, 49 900 pessoas foram mortas no Rio, mais do que em toda a Colômbia no mesmo período.[99] Importante destacar, no entanto, que dados do 17.º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do ano de 2022, demonstram que das 27 capitais brasileiras, a cidade ocupa apenas a 20ª posição no ranking de homicídios, com um índice de 21,2 homicídios por 100 mil habitantes, figurando como uma das 8 menos letais no país. [100]

A polícia do Rio de Janeiro também é demasiadamente violenta; em 2006 matou 1 063 pessoas no estado, sendo 1 195 apenas em 2003. Até abril de 2007, a média era de 3,7 por dia. A título de comparação, a polícia dos Estados Unidos matou apenas 347 pessoas em todo o território estadunidense ao longo de 2006.[101] Em 2007, os policiais recebiam em média R$ 874 por mês, ou o equivalente R$ 10 488 em um ano.[102] Baixos salários e equipamentos insuficientes fazem com que a polícia carioca consiga resolver apenas 3% de todos os assassinatos ocorridos na cidade.[103]

Policiais do BOPE em uma favela carioca.

Entretanto, pesquisas recentes demonstram que a violência urbana vem caindo na cidade, sobretudo nos últimos anos. O “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008”, estudo realizado conjuntamente pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) e pelo Instituto Sangari, com o aval do Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça, divulgado em janeiro de 2008, revela que no Rio de Janeiro a taxa geral de homicídios por 100 mil habitantes retrocedeu 40% entre 2002 e 2006, levando-o da 4ª para a 14ª posição no ranking das capitais mais violentas do Brasil naquele ano.[104]

Em 2002, a capital fluminense registrava 62,8 casos de homicídio para cada 100 mil pessoas. Em 2006, após quedas anuais sucessivas, esta taxa chegou a 37,7 — abaixo da aferida para cidades menores como Recife (90,9), Vitória (88,6), Curitiba (49,3), Belo Horizonte (49,2), Salvador (41,8) e Florianópolis (40,7). Em 2022, o índice passou a ser de 21,2 homicídios para cada 100 mil habitantes, revelando uma queda brusca e ocupando o lugar de 8ª capital menos letal no Brasil, apesar da intensa cobertura midiática em torno da cidade e dos crimes cometidos dentro de suas fronteiras. [104] [105]

No entanto, apesar da salutar redução dos índices de criminalidade, o Rio ainda ocupa o segundo lugar com relação ao número absoluto de homicídios ocorridos em 2006, atrás apenas de São Paulo.[104] Um relatório anterior, divulgado em outubro de 2007, também com a chancela dos Ministérios da Saúde e da Justiça, apontava uma redução inferior (17,5%) nos índices de homicídio entre 2003 e 2006, período no qual a capital respectivamente teria oscilado da 3ª a 5ª colocação entre as mais violentas do Brasil.[106]

Política

Governo municipal

Centro Administrativo São Sebastião, sede da prefeitura
Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, sede da Câmara Municipal

No Rio de Janeiro, o poder executivo é representado pelo prefeito e gabinete de secretários, em conformidade ao modelo proposto pela Constituição Federal. A Lei Orgânica do Município e o atual Plano Diretor, porém, preceituam que a administração pública deve conferir à população ferramentas efetivas ao exercício da democracia participativa. Deste modo, a cidade é dividida em subprefeituras, cada uma delas dirigida por um submandatário nomeado diretamente pelo prefeito.[107]

poder legislativo é constituído à câmara municipal, composta por 51 vereadores[108] eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).[109] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Conquanto seja o poder de veto assegurado ao prefeito, o processo de votação das leis que se lhe opõem costuma gerar conflitos entre Executivo e Legislativo.[110]

Existem também os conselhos municipais, que atuam em complementação ao processo legislativo e ao trabalho engendrado nas secretarias. Obrigatoriamente formados por representantes de vários setores da sociedade civil organizada, acenam em frentes distintas — embora sua representatividade efetiva seja por vezes questionada. Encontram-se atualmente em atividade: Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural (CMPC),[111] de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMAM),[112] de Saúde (CMS),[113] dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA),[114] de Educação (CME),[115] de Assistência Social (CMAS)[116] e Antidrogas.[117]

Governo estadual

Palácio Guanabara, sede do governo estadual

Por ser a capital do estado homônimo, a cidade é sede do governo fluminense. O Palácio Guanabara (anteriormente conhecido como Paço Isabel) fica no bairro Laranjeiras, na zona sul, e é a sede oficial do poder executivo fluminense. Não deve ser confundido com o Palácio Laranjeiras, situado no mesmo bairro, que é a residência oficial do governador do Rio de Janeiro.[118]

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) é o órgão de poder legislativo estadual[119] e está sediada no Palácio Tiradentes,[120] onde anteriormente funcionou a Câmara dos Deputados do Brasil.[121]

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) é o órgão máximo do poder judiciário do estado. Seu fórum central está localizado no Centro do Rio de Janeiro, mas, de 2013 a julho de 2018, algumas das varas judiciais deste foro foram deslocadas para a Cidade Nova.[122]

Governo federal

Palácio do Catete, sede da Presidência da República de 1897 até 1960, quando Brasília se tornou a nova capital do país

A cidade do Rio de Janeiro foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa do Estado do Brasil (1621–1815), depois do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815–1822), do Império do Brasil (1822–1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889–1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida definitivamente para a então recém-construída Brasília.[123]

Apesar da mudança da capital federal, 59% dos servidores civis do Poder Executivo de órgãos federais e empresas públicas permaneceram na cidade. O Rio de Janeiro é também o único estado brasileiro onde o número de servidores federais supera o número dos servidores estaduais. Cerca de um terço de todos os órgãos e empresas públicas federais continua na ex-capital, sendo 50 repartições públicas, entre agências, autarquias, fundações e empresas públicas, como a Biblioteca Nacional, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, a Fiocruz, o BNDES, a Petrobras, a Eletrobras, o IBGE, a Casa da Moeda, o Arquivo Nacional, entre outros.[123]

O professor Christian Lynch, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tem proposto que a cidade do Rio e a sua região metropolitana sejam federalizadas, formando uma segunda cidade federal no Brasil.[123] De acordo com Lynch, a mudança da capital teria criado um ciclo de crises no Rio, que não poderia ser solucionado de outra forma, dada a marcada presença da União na cidade.[124] A ideia se inspira em São Petersburgo que, depois de ser capital da Rússia por 200 anos, entrou em decadência com a mudança da capital para Moscou, até ser novamente federalizada em 1997. A proposta inclui também a possibilidade de transferência da sede de algumas funções do governo federal de volta ao Rio, como o Congresso Nacional ou Supremo Tribunal Federal.[125][126]

Cidades-irmãs

A política das cidades-irmãs tem como objetivo a criação de relações e protocolos, notadamente na esfera econômica e cultural, de modo que cidades estabeleçam entre si laços de cooperação.[127] São cidades-irmãs do Rio de Janeiro, reconhecidas por lei municipal:[128]

 

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